Degeneração Facetária

O que é a degeneração facetária?

As vértebras se articulam umas às outras através de 3 articulações. A mais evidente é o disco intervertebral. Na parte posterior da vértebra encontramos as outras duas articulações: as facetas intervertebrais.

As facetas são articulações sinoviais, ou seja, apresentam uma superfície de cartilagem, envolvida em uma cápsula, que se encontra preenchida por líquido (líquido sinovial).

Elas são responsáveis por quase 20% de toda a carga suportada pela coluna e, além disso, suas cápsulas fibrosas são repletas de nervos sensíveis à dor. Por isso, a degeneração facetária pode ser tão dolorosa para alguns pacientes, tornando-se uma dor crônica.

Aliás, alguns estudos apontam que metade das pessoas que sofrem com dor crônica na coluna apresentam degeneração facetária.

Estas dores crônicas podem estar relacionadas a uma inflamação local, pequenos traumas na cápsula fibrosa, devido ao estiramento e a carga excessiva, além das degenerações dos componentes da articulação (osteoartrite facetária), que podem ocorrer naturalmente com o avançar da idade.

A dor decorrente da degeneração facetária é normalmente axial lombar baixa, localizada na região central inferior das costas. Ela pode também apresentar dor irradiada para os membros, já que a inflamação poderá se estender até as raízes nervosas, ou gerar aumento da cápsula, comprimindo o nervo referente àquela faceta, causando estenose foraminal.

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

O diagnóstico é realizado através de bloqueios facetários com injeções espinhais de corticoide, que também funciona como medida terapêutica em muitos casos, por atuar como anti-inflamatório local.

Outra metodologia utilizada para o tratamento é a ablação do nervo que inerva a cápsula. Neste tratamento o nervo em questão é queimado e perde a função de levar o sinal doloroso para o cérebro, gerando alívio.