A artrodese é uma cirurgia cujo objetivo é conectar permanentemente duas ou mais vértebras para eliminar a movimentação dolorosa local e/ou substituir o disco intervertebral doente ou deteriorado.
Esta técnica foi desenvolvida há mais de um século por Albee e Hibbs, que realizaram as primeiras fusões de coluna (artrodese) para o tratamento da tuberculose vertebral (Mal de Pott).
Neste tipo de procedimento cirúrgico usamos os mesmos princípios dos processos mais comuns de consolidação óssea:
- Uso de osso autólogo (do próprio paciente)
- heterólogo (de cadáver),
- enxertos biológicos (por exemplo, proteína recombinante humana rh-BMP2),
- minerais (hidroxiapatita, fosfato de cálcio, dentre outros),
- ou sintéticos (cerâmicas).
Durante a recuperação podem ser utilizadas próteses intervertebrais e/ou parafusos pediculares para manter as vértebras unidas até que o crescimento ósseo esteja completo.
O que acontece após a cirurgia de artrodese?
Após a cirurgia acompanhamos a consolidação da fusão realizada através da artrodese, que pode ser identificada pela opacificação do enxerto ósseo.
Este processo inicia-se normalmente entre 6 e 12 semanas após a cirurgia, podendo levar, em média, de 12 até 24 meses para a consolidação total.
Neste período, os raios-x dinâmicos (em flexão e extensão) irão fornecer informações importantes para avaliação do resultado da fusão realizada através da artrodese. Se ainda houver movimentação nas vértebras, é provável que tenha ocorrido uma pseudoartrose (falha da fusão). Nesses casos, existe a possibilidade de cirurgia de revisão para realização de nova artrodese.
Nestas avaliações pós-cirúrgicas, a tomografia computadorizada (TC) é o padrão ouro para os diagnósticos de crescimento ósseo e fusão. Ao analisar a TC, os itens a seguir são indicadores de sucesso nesta cirurgia de fusão:
- presença de trabeculações ósseas no nível operado,
- inexistência de sinais de separação no enxerto ou junção vertebral,
- ausência de afundamento ou soltura dos instrumentos implantados.
É importante frisar que a perda da capacidade de movimentação funcional do paciente é praticamente nula na maioria dos casos de artrodese.
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